20 fevereiro 2008



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Cesarion: "Vou esmagá-lo, cuspir na cara dele, vingar a morte de minha mãe, recuperar o nome de meu pai..."
Pullo: (risinho) "Olha... sobre seu pai..."

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E assim termina Roma, a série mais fantástica que já assisti em toda a minha vida! Mas advirto logo que sou suspeitíssima pra falar, porque história - ainda mais a antiga - é uma paixão...

Quem já viu entendeu porque eu transcrevi (com as palavras que me lembro, não deve tá 100% igual) esse diálogo final: porque resume todo o espírito da série.

"Roma", com primor, conseguiu manter uma grande fidelidade às verdades históricas (inclusive àquelas que vão contra o estabelecido no senso comum) e, ao mesmo tempo, adaptou ficção a estas verdades, numa verdadeira aula de licença poética. Mesclou personagens cultuados pela história com sujeitos fictícios da plebe, fazendo com que estes últimos, simples plebeus que, a priori, não teriam relevância alguma, interferissem na vida dos primeiros e, assim, na próprio curso da história!

Divertido imaginar que a república romana começou a ir pro brejo por causa da briga de bar de um soldado (e não é que existe a frase: um pulo - Pullo é o nome do soldado - derrubou a república?); que o desenrolar de fatos na vida de um outro simples legionário (também fictício) foi o que possibilitou aos senadores matar César, em pleno senado; que, enfim, o filho de Cleópatra com César (Cesarion)... bem, não vou estragar a surpresa... A questão é que, apesar desses fatos serem em parte fictícios, fazem-nos pensar sobre como a história possui delicados momentos "de virada", e que quaisquer pessoas, com um pouco de sorte (ou azar), podem acabar interferindo neles. No mínimo divertido de imaginar...

Outro efeito trazido pela série (principalmente se você assistir vários episódios seguidos) é a sensação de voltar no tempo e viver o cotidiano de outra época, de dois milênios atrás! O dia-a-dia em Roma é tão bem retradado que parece que estamos vivendo dentro de algum daqueles livrinhos de escola "Como seria sua vida no Império Romano" (alguem aí se lembra dessa coleção?).

Bom, fica então a sugestão: as duas únicas temporadas da série já estão nas locadoras, são ao todo 22 episódios com as (brincando de ser tiete) maiores estrelas da época: Júlio César ("só é arrogância se eu perder"), Cícero ("para o bem da república? estou cansado da vaidade desses jovens, não se engane, é tudo vaidade"), Otávio Augusto (nessa época não era augusto, era pirralho...), Marco Antonio (affe...), Pompeu, Brutus, Cleópatra (nariz igualzinho) e, than-than, Átia (pra quem não sabe, a mãe do Otávio e, simplesmente, a melhor personagem de toda a série! Mas que mulher!!!)

3 comentários:

Relacionamentos e afins disse...

Com certeza! Depois de Harry Potter foi a melhor trama que eu já vi na minha vida! Daqueles tipo mesmo, em que você entra nas comunidades do orkut pra saber com qual personagem se parece =P~~~

Uma das melhores coisas que eu achei foi o enfoque diferente que eles deram para a história. Mostra-se muito mais a política e muito menos a guerra, muito mais a vida cotidiana da nobreza e da plebe do que os atos heróicos consagrados nos nossos livros de história.

Afinal, a História é uma Estória!

=D

Mix! disse...

Ah, Bella, tu contou o final!!!

Não vi "Roma" inteiro, mas tb gostei, pelo mesmo motivo q a Alessandra: em vez de cenas de guerra intermináveis q nem sempre conseguem prender nossa atenção, Roma exlora os detalhes da vida política e do dia-a-dia dos romanos - com ênfase nos detalhes mais íntimos...
Quanto à série "Como seria sua vida...?", ainda hj tenho, foi ela q me fez ficar com vontade de ser arqueóloga na quinta série^^

(a propósito, gostei do blog, viu?;])

Isabella Pearce disse...

hauhuahauh... não se preocupa, Mix, o que eu contei não chega a estragar nenhuma surpresa (isso se tu, algum dia, deixar de preguiça e resolver assistir à série inteira!)
=P